O vinho em cada geração
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- Categoria: a história do vinho
Os consumidores de vinho apresentam determinados padrões, de acordo com suas próprias experiências, mas também de acordo com a geração a qual pertencem...
Baby Boomers – nascidos de 1946 a 1964, no aumento da taxa de natalidade ao final da 2ª Guerra Mundial.
Essa geração teve uma juventude muito marcada pela contestação, e foi responsável por uma série de mudanças sociais. Como consumidores de vinho, os Baby boomers são os mais adeptos do consumo responsável, são aqueles que degustam a bebida com moderação e regularidade. Segundo uma pesquisa realizada pela Wine Market Council, no mercado americano, os Baby Boomers respondem por 34% do mercado de vinho, e com consumo médio, por ocasião, de 1,9 taças de vinho.
Com esse perfil de consumo regular e moderado, certamente esse grupo é o que tem a maior chance de desfrutar os inúmeros benefícios do consumo de vinho para a saúde. Para ler sobre esses benefícios, clique aqui.
Geração X – nascidos entre 1965 e 1976, são os filhos dos Baby boomers.
Essa é uma geração marcada pela contraposição a muitos dos símbolos da geração anterior, como por exemplo à cultura hippie. Essa geração, segundo a mesma pesquisa, responde por apenas 18% do consumo de vinho nos EUA, mas seu consumo médio por ocasião é maior, de 2,4 taças de vinho. Faz sentido que seja assim nos EUA, mas não é o que acontece em boa parte dos mercados de vinho.
A importância e a participação de cada geração no consumo de vinho dependem das características de cada país, e da maturidade de cada mercado. Em uma grande parte do mundo, inclusive no Brasil, essa geração é certamente muito mais representativa no mercado consumidor de vinho. Na Colômbia, por exemplo, uma pesquisa realizada pelo Grupo Êxito, coloca a geração X como a mais importante no faturamento do mercado, com 42% de participação.
Os consumidores de vinho dessa geração têm comportamentos ora parecidos com os da geração anterior, ora com os comportamentos dos mais novos. São consumidores por assim dizer, intermediários.
Geração Y, ou Millenials – nascidos de 1977 a 1995, viram de perto as mudanças tecnológicas do mundo digital.
Essa geração é conhecida pelas relações sociais baseadas nos interesses em comum, mesmo entre pessoas muito distantes geograficamente, e também pelo compartilhamento de informações nas redes sociais.
Nos Estados Unidos, essa geração já é a maior consumidora de vinho, respondendo por 36% do mercado. A diferença, aqui, é que a Geração Y não tem o hábito do consumo regular, consumindo com menor frequência, mas em maiores quantidades, com uma média de 3,1 taças de vinho. Uma outra pesquisa, dessa vez do The Wine Intelligence, aponta os Millenials como responsáveis por 31% do faturamento do mercado de vinho no Reino Unido.
Vale ressaltar que o espírito globalizado dessa geração impulsiona o consumo de vinhos de diferentes origens, e a troca de informações sobre o assunto nos meios digitais. Além disso, os Millenials são os que estão mais propensos ao consumo em locais públicos, como bares, hotéis e restaurantes.
Geração Z, ou nativos digitais – nascidos a partir de 1996, eles já nasceram em um mundo digital.
Essa geração é marcada pela intensificação dos comportamentos da geração anterior, e pela lógica dos games incorporada à vida, no que diz respeito à colaboração e competitividade. Mas como será a relação dessa geração com o consumo do vinho, só Deus sabe. Ou melhor, só Baco sabe! Tomara que saibam dar valor à cultura do vinho, e que mantenham padrões saudáveis de consumo. Pensando nisso, um senador italiano apresentou um projeto de lei inusitado. Para ler sobre isso, clique aqui.
E você? É um consumidor de vinho típico da sua geração?
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